terça-feira, 19 de maio de 2009

Dito e feito.

Tags: acidente, bike, bicicleta, próximo praça tiradentes, rua riachuelo, semáforo, pedestre distraído, sete da manhã, frio, curitiba, dezoito de maio, 2009.

Continuando a série, "posts para o futuro" (eu fiz isso?), aqui vai um para você, (quando um dia resolver pesquisar num blog sobre o fato, algo totalmente plausível de acontecer) transeunte desconhecido, que até agora não sei como não me viu ontem descendo a rua de bicicleta, sendo que tinha mais cinco pessoas junto contigo e todas elas pararam num lugar seguro e você foi o campeão que pulou bem na minha frente.

Mas muito bem, esse post é pra dizer: esqueça as palavras que eu disse após ter me levantado do tão confortável asfalto e as troque por: "E aí cara, você se machucou?"

Ok, sem ressentimentos. Por hoje é só.

p.s: Quero mandar um salve pro professor de Biologia aqui do colégio, Rodolfo, que alguns dias antes citou gentilmente a "lei de Murphy" numa conversa sobre capacete e eu vir pro colégio usando-o. É, ontem foi o primeiro dia que não fui de capacete. Valeu professor, um abraço.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vai matar.

Sim, porque esse verbo é só mais um que entra nas partes das consequencias que o próprio ser cria quando os fins (in) justificam os meios. Poder e uma espécie de soberania rondam os atos daqueles que as desfrutam. Uma elite política não é diferente de uma elite que controla outros poderes. Sim?

Ok, em panos limpos, falo do caso do acidente do filho do prefeito de minha cidade natal. Dessa vez, temos uma cena que tomou conta de noticiários locais e mais, o que considero mais importante, está em todas as rodas de conversas. Claro, isso na minha visão e no meu caminho, mas juro que fiquei impressionado que em um dia de idas pra lá e pra cá, só escutei conversas sobre isso.

A pergunta é: Será que vamos assistir ao indivíduo sair impune e abalo algum teremos num campo maior, o político? Ou será uma oportunidade para abrir uma caixa suja dos Ribas Carlis e consequentemente dar vida à revoltas? Se sim em qualquer dos casos, quem os fará? Quem vai se aproveitar da situação? Quanto de dinheiro vai passar por aí? Quais tramóias serão envolvidas? Acho que ninguém ao certo tem pistas, ainda.

Acho que esse post vai servir de uma caixinha perdida no tempo. Um dia volto aqui e leio de volta. Só espero que não fique tão decepcionado, mais uma vez. Algum palpite?


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Apenas uma imagem estranha

Não sei se presentir coisas é uma arte, um dom ou... na verdade, nem sei se posso afirmar que as pessoas, de fato, presentem acontecimentos.

Comigo é simples: se num determinado periodo de tempo eu começo à notar que minhas respostas aos "tudo bem com você?" começam a repetir com uma afirmação entusiasta, já posso presentir que logo o vento vai virar. Se eu começar então à soltar nas respostas que "ando feliz", aí então nem é mais presentimento. Sei que logo tudo vai abaixo.

Tais ciclos não são de todo mau, acho que tudo acaba servindo como aprendizado (ou não?). Aliás, fato é, que imagino que situações similares aconteçam com todo mundo, o que muda é apenas a interpretação de cada indivíduo.

Pessoalmente, o que acho ruim dessa coisa toda é que mesmo dedicando um tempo à reflexões, as coisas vem sempre de uma forma diferente e aí não sei se estou preparado para enfrentá-las, ou melhor, nem sei se quero ou se consigo.

Dessa vez tá tudo muito rápido, tudo muito longe. Não é só sair de casa e encontrar todo mundo. São muitos kilometros pra lá e pra cá. Eu não consigo nem saber quem é que me esperaria para uma conversa franca, ou mesmo se eu conseguiria ser totalmente franco.

A imagem estranha que vi ao deitar foi eu pisando em um quebra-cabeças e algumas peças iam afundando com meus passos numa água que ainda está limpa. As peças tinham imagens de rostos que não me são estranhos e lá embaixo eles se davam as mãos, mas ao afundar... elas se soltavam.

Penso que velocidade tem duas faces: a primeira é que, tendo um vento tão forte batendo em seu rosto, poucas coisas se prenderão à você; a segunda é que, tendo tantos destinos vindos depressa ao seu encontro, você irá guardar lembranças demais para lidar depois.

O coração precisa ser forte quando as pernas se sentem fracas.


Operários - Tarcila do Amaral