Nós, humanos, vivemos rodeados por outras criaturas aparentemente também humanas. Essa quantidade e aproximação cria tantas coisas inexplicáveis, que seria injusto pedir pra um humano citá-las em vida.
Agora e nas ultimas 30 horas, passo por experiências de pensamentos "inéditos". O que ocasionou foi uma coisa simples, mas funcional. Explico. Alguém abriu a porta de um carro exatamente no momento em que eu passava ali de bicicleta, a porta bateu na minha canela, quebrou o pedal da bicicleta, a bicicleta descontrolou-se e eu achei que eu ia cair de cabeça no chão mas, não sei que movimento estranho fiz que consegui evitar isso e o tombo não foi nada grave. Enfim, minha perna tá ruim, não to podendo andar direito e isso, eu considero no mínimo, chato.
O que eu não consigo classificar com um adjetivo comum é a maneira e a quantidade de pensamentos que tive sobre vida, viver, morrer, sei lá. Assim, antes de tudo, está claro pra mim que não tive nenhuma experiência de "quase morte" ou qualquer outro nome que deêm pra isso. O drama já está explicito em viver, não é necessário nenhum acontecimento extra pra se dizer que "quase morri", ou em outras palavras, melhor cortar o drama, já passou. De qualquer forma, em menos de um segundo, naquela situação, passou muita coisa na minha cabeça; fica a leve impressão de que aquele vazio de coisas aleatórias se fazendo presente como observar um formigueiro é a grande questão de se pensar em vida na morte.
Ou seja, nós não sabemos o que é. E isso faz de nós seres rodeados e solitários.
domingo, 16 de março de 2008
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