terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Só há um caminho para amar

"Eu fiz o que pude" não é apenas uma frase comum que se usa para buscar um certo conforto?



Esse era o pensamento quando acordou. As duvidas eram menores há alguns dias, mas hoje sonhou com o rosto de expressões difusas (que poucos enxergam) e jovem que tanto ama. Sentiu que tudo se interrompeu quando ela buscou seu olhar e tentou dizer algo. O coração bateu daquele jeito conhecido desde agosto.

Quando o rio o puxou para essa correnteza dos infernos lutou por algum tempo, mas percebia a ineficácia de agitar os braços e entendeu prontamente que só poderia viver o caminho. Largar-se daquele jeito não era solução, 'mas nunca há uma solução', lhe disseram. Então foi sentindo a água fria que entrava pelas narinas, os galhos caídos
seguindo o mesmo caminho e espetando-lhe a pele, as pedras afiadas causando contusões, dores que os pulmões se expandiam com força pelo instinto de manter-se vivo, ou em muitas horas como ele pensou: manter-se indo.

Mas foi ao sentir os maiores desesperos já presenciados pelo coração que se entregou a procurar o que de mais sincero havia nisso tudo. Sentia por vezes esse sentimento: só a sinceridade e a profundidade de tudo que vivemos poderá defender-nos do que, além do coletivo, se criou. Colocou em linhas retas, com uma letra firme e com um pano empoeirado enxugava as lágrimas para que não caissem nas folhas. Seguiu pensando em sua maneira limitada pelas feridas em como poderia entregar palavras que não pertenciam mais à ele. Não soube, 'o mesmo erro de sempre' chegou a pensar por algumas horas. Mas como os dias são apenas rotinas incertas, não teve duvidas e preferiu não se arrepender por aquilo que deixaria para a correnteza consumir.

As mesmas pedras, mas amoladas com mais fervor, voltaram em sua direção. A dor era tanta que o estado de espírito somente focou-se nas dores alheias. A companhia do calor poderia já estar no principício adiante, mas já não há mais meios de saber. A unica ação de quem escolheu acreditar no coração e ir até onde a saúde lhe permitisse foi desistir desse tempo, pois não saberia mais o fim. Perdeu o brilho dos olhos, mas ganhou forças nos braços.

Restaria agarrar-se às raízes presas nas margens e assim o fez. Elas sempre estiveram ali, mas até o limite, pensou em insistir no que a dor proporciona de aprendizado. Sentiu arrependimentos por coisas que outra hora se desenharão melhor em suas cabeças. Saiu da água e com uma pedra pontuda escreveu em uma árvore assentada em solo, que verá ainda muitas revoluções, a seguinte frase: "Vou continuar ao teu lado para sempre, pois o amanhã existe, meu amor".

Ainda molhado e ainda atento pelas chuvas que virão, estancou as feridas nos joelhos e reaprendeu a caminhar.

Em um momento, fez o que pôde. Mas somos apenas momentos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eu deveria saber

I should've known, that it would end this way.
I should've known, there was no other way.
Didn't hear your warning.
Damn, my heart gone there!

I should've known: look at the shape you're in.
I should've known, but I don't write in...
One thing is for certain,
as I'm standing here:
I should've known.

Lay your hands in mine,
heal me one last time!
Though I can not forgive you yet,
no, I can not forgive you yet,
to leave my heart intact.

I should've known, I was inside of you!
I should' known there was that side of you.
Came without a warning,
caught me unaware!

I should've known: I've been here before!
I should've known: don't want it anymore.
One thing is for certain,
I'm still standing here.
I should've known.

Lay your hands in mine,
feel me one last time!
Though I can not forgive you yet,
no, I can not forgive you yet.
To leave my heart intact.

Maybe you was right:
didn't want a fight.
I should've known!
Couldn't read the signs,
couldn't draw the line:
I should've known!