domingo, 20 de novembro de 2011

Para onde vamos?

- (...) E aí volto pra cá e volta essa rotina. Saco cheio em apenas algumas horas de ir para aquele lugar nojento e falso. Sinto que cometi um erro muito grande em perseguir isso.

- E se eu te disser que to pensando a mesma coisa? Voltei pros mesmos vícios, procuro as mesmas coisas, e não há como ter controle. Logo, me sinto derrotado, me sinto enjaulado.

- Tem toda uma atmosfera que criamos e que não me parece servir mais, não acha?

- Claro, é só eu lembrar de todos os preconceitos que ouvi essa manhã, aquelas pessoas me empurrando para um monte de besteiras, criando situações que dão círculos em um m
onte de merda. Quer dizer, eu venho para cá e aqui tenho esse conforto todo, mas preferia estar como estávamos há pouquinho tempo atrás: caminhando, carregados, cansados, com sede, com sono, mas procurando o caminho, buscando as informações, perseguindo a vida... não isso.

- Você sabe? Eu concordo contigo. Penso que eu deveria estar vivendo como aquelas pessoas. Largar tudo. Mas largar tudo de um jeito que eu possa me encontrar, de uma maneira em que eu possa ir descobrindo desde o começo o que serve para mim, para você, para nós todos.

- A cidade é horrível.

- É, e talvez seja a hora de começar a deixá-la para trás.



2 comentários:

Garota Psykóze disse...

não sei se é zeitgeist, alguma configuração astral, observação seletiva da minha parte ou se é um fato... mas me parece que todo mundo anda de saco cheio de tudo. esses dias atrás eu fui passar o fds na casa do meu pai, em tibagi, e fiquei pensando na possibilidade de ir embora pra lá. cidade pequena... uma vida mais simples... sei lá. nós achamos que sabemos o que queremos, corremos atrás de certas coisas, construímos toda uma vida... e depois... enfim, não sei aonde eu quero chegar com isso. não sei mais o que fazer comigo e com a minha vida. to tentando achar um modo construtivo de lidar com o quase niilismo que eu to sentindo... haha =/
bjo!!

fix me disse...

Acho que voce poderia ser uma das personagens desse meu pequeno diálogo aqui também. E mesmo assim, é um diálogo sem respostas prontas, mas direções. Ai é que está o ponto: temos que pensar nas direções, é isso que tiramos de experiencias, apenas.