quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Comida e Amigos

"Não concordo com “rir é o melhor remédio”. Eu nunca disse isso. A amizade claramente é o melhor remédio. É a coisa mais importante na vida. São nossas relações com aqueles que amamos."



"O que nos faz calar? Você vê o chefe dar um beliscão na secretária e disfarça. Você morre naquela hora. No instante em que cala por medo de perder o cargo, você morre. Uma parte de você, uma parte de ser humano morre. Como os hospitais do norte. O que é? O que nos faz pensar... Jornalismo é ótimo porque não existe jornalismo! Não nos Estados Unidos. São todos marionetes da riqueza. Antes o jornalismo existia. Cinco empresas detêm 70% dos meios de comunicação do mundo. São máquinas de propaganda, não existe jornalismo ali. Acha que alguém deixaria Patch Adams dizer na TV dos Estados Unidos que Bush é nazista? Nunca! O filme Patch Adams, com Robin Williams… 'O riso é o melhor remédio. Compre Coca-Cola!' ".

"Disseram para mim: "a Wall Street…" Hoje, vi a Wall Street de São Paulo. Igual a todas as ruas ricas de todas as cidades do mundo. Nada é brasileiro naquela rua. Aqueles arranha-céus de sempre com salas de executivos - tenho certeza -, secretárias bajuladoras. Vocês estão me entendendo, não é? Como foi isso? Como fomos enganados a acreditar que queremos um prédio enorme para morar? Um carro elegante para dirigir? Muito dinheiro no banco? Férias elegantes? E há pessoas com fome! E algumas pessoas vão à igreja: "Sim, Jesus Cristo!" [erguendo e descendo os braços em sinal de adoração]. Quanta bobagem! Estamos todos dentro de uma cesta de mentiras! Porque sabemos do que precisamos. Precisamos de comida e de amigos. Tendo isso, está tudo resolvido."

Patch Adams

entrevista completa aqui


Eu não sou mais um muleque estúpido cheio de suposições bestas e vagas, achando que tudo no mundo pode ser resolvido de um momento para o outro, principalmente ligando ao fato de que seria a minha visão a correta e nada mais à ser considerado. Eu já estudei coisas, discuti, vivi, discuti novamente, repensei, errei, corrigi, estudei. Não alcancei nenhum posto de destaque e nem quero. O que busco é saber, é entender, é aumentar meu raio de visão. Faço força pra isso, sou um burro, mas sou um gênio quando chego a conclusões que me libertam de puras bobagens. Hoje eu tenho nojo de coisas superficiais, hoje eu não suporto mais a idéia de usar dinheiro pra fazer merda, pra fazer nada. Hoje eu não faço mais nada que tenha um fim em si mesmo, hoje eu só quero continuar a mover, a criar. Detesto 'vidas' artificias, sem rumo, presas, idiotas, improdutivas. Críticas baseadas em modelos estúpidos de informação e formação. Não suporto mais isso. Minha vida é outra, não quero dar bola à bobeiras completas. Chega.

3 comentários:

Abajo y a esquierda disse...

Não entendi a relação entre comida e amigos, senti um forte embrulhão com o que eu li agora, eu acho isso também (se é que eu entendi certo) as vezes fico triste pela falta de compreensão das pessoas em relação a isso, dinheiro conforto e etc.
Mas acho que não tem como largar tudo, pois como você escreveu isso vem das experencias da sua vida.
Ontem mesmo eu estava pensando como sustentamos o nosso engano como nos fechamos pra vida atraves de tantas coisas, a cidade grande tem me sufocado em relação a isso posso dizer que ando ate deprimida porque a maioria das pessoas que eu gosto desaparecem no meio do entreterimento. Eu penso: existem tantas coisas pra mudar no mundo ainda, porque precisamos de entreterimento? Não estamos aqui a toa, estou cansada desse individualismo em que a justificativa de fazer o que quiser da sua propria vida, é simplesmente bobo negar que não afeto ninguem se eu passo minha vida inteira jogando video game e comprando tudo que eu tenho vontade, isso é insustentavel. O que eu faço vai afetar todo mundo, moramos no mesmo planeta, nosso corpo tem os mesmos órgãos, vivemos em média o mesmo tempo. Quando vamos nos tocar disso?? quando vamos sair dessa bolha? Sinto as vezes como se estivesse explodido minha bolha e as vezes é duro, porque nos abrimos pra quem não abre, as vezes quero voltar pra bolha, viver no mato voltar pra cidade pequena, mas do que adianta se as coisas ainda continuam aqui.
Não acredito no riso solitário, o riso solitário é sarcastico é sintomático, acho que prefiro conversar seriamente do que fingir feliz, pelo menos por enquanto.
Eu e meu quinquilhão de palavras desconexas...

Giuliana disse...

Você falando sobre como conhecer e ampliar o conhecimento é mais importante que dinheiro e coisas que você consegue através dele, me fez lembrar de como é bom... vc ter aquele clique de "AHHH ENTENDI!" quando estuda algo. Acho que é um dos maiores prazeres pra mim =)

Anônimo disse...

Que bonitas as partes da entrevista!
Olha, acredito que é impossível não fazer nunca algo que tenha um fim em si mesmo... (seria esse um comentário de internet desconstrutivo? hahaha acho que não)