Tantas horas acordado e preocupado com questões e sensações mínimas de alguma espécie de justiça - e agora quem lava o que? quem falou a primeira palavra agressiva? quem olhou e quem interpretou errado primeiro?
- fingindo entender o mundo como uma caixa de consideração que te dá
prêmios quando você faz a coisa certa. Vem então uma noite longa, um
início de sono sereno e um espasmo no meio da madrugada que te faz ver e
escutar o que mais te humilha no mundo: estamos sozinhos num jogo que
vai te destruir e corroer cada esperança que resta.
Então você perde e encara que está perdido, já que não existe o que ganhar. Mas volta para a cama e toma coragem mais uma vez de manter-se sóbrio, numa luta séria em deixar uma sobra de energia para sempre conseguir esquecer e viver na praticidade da boa convivência com ... pouco importa quem. Estamos atrás do sentimento de conseguir sentir-se bem consigo mesmo, sonhando acordado, ou dormindo, ou correndo, ou trepando com a maior competência entregue divinamente à todas as pessoas que habitam esse chão duro: sermos egoístas e morrer por isso, amarrados aos próprios pés.
Nenhum comentário:
Postar um comentário